A Geração da Resistência- Rafaela Oliveira
Vivemos em um século em que mulheres eram caçadas, julgadas e condenadas a morte sem a tal da “compaixão”, que os homens tanto pregam. Fomos decapitadas, torturadas, oprimidas, humilhadas e até queimadas vivas por ser o símbolo da sabedoria, inteligência, resiliência e empoderamento. Séculos após séculos e eles ainda creem que somos parte de um “mal” que ponderam ser diabólico e inclemente. São pobres almas perturbadas que não sabem o que desejam para si e reputam as atitudes e o destino alheio.
Por isso instruímos nossos descendentes a serem hábeis, enérgicos, mortíferos e abundantemente previdentes, desta forma, permanecemos juntos em espírito e essência, quem achar que pode nos aniquilar está muito ludibriado, sobrevivemos a múltiplos empecilhos, temperamentos e máculas.
Por isso, cuidem-se! Quando sentirem a alma enfraquecer busquem na natureza toda a força imprescindível. Os tolos não compreendem a aglutinação do nosso adorado povo místico, menos ainda que temos muita vitalidade e dinamismo. Compreendem o domínio que vocês possuem em mãos na era em que vivem? - Diz Sarah.
Que demais! Gostei desse lance de conhecer o passado dos ancestrais que viveram muitas décadas antes de nós. – Comenta Rebecca.
Essas cerimônias são o bicho! – Responde George empolgado.
Quando vocês irão aprender a ter mais reverência com nossos antepassados e abandonarem essas gírias nos rituais? – Pronúncia indistintamente a senhora de oitenta e nove anos.
São apenas adolescentes mamãe, com o tempo eles irão aprender. – Difere Elizabeth.
Quão mais cedo eles aprenderem melhor será para todos nós. – Conclui Martha.
A sociedade está mais flexível sobre certos assuntos, entretanto permanecem com a mesma estupidez sobre as inúmeras crenças e os modos de conviver do próximo. Alguns são criaturas vazias, hipócritas e hesitantes de suas escolhas. Mas a quem almejam enganar, são abstrusos, incapazes de oferecer o que cobram e ainda fazem pouco caso de todos aqueles que pereceram inocentemente para que hoje pudéssemos nos habituar sem tantas normas. – Reivindica Morgana.
Enquanto estavam ali presentes adquirindo os avisos habilitados de Sarah, um grupo de indivíduos do povoado fronteiriço se agrupou em frente a porta da velha mansão dos Gardner. Os aldeões esquematizaram o fim da família de bruxos a muito tempo, visto que os primogênitos recém-nascidos estavam desaparecendo e encontraram vestígios de pequenos artefatos usados por alguns bebês perto da residência. A seguir iniciou entre eles a suposição de que haviam envolvido a vida dos bebês em rituais macabros e que permaneceriam dando um fim aos pequenos cadáveres.
Em todas as saídas foram colocados obstáculos, evitando qualquer um de sair ou entrar do local. Atacaram com fogo sobre todo o perímetro e estabeleceram uma situação em que um grupo de padres exorcizavam o lugar com determinadas palavras em latim, crendo que assim iriam interromper todos aqueles incidentes colossais. A linhagem dos Gardner foi pega de surpresa, por mais que eles resistissem por suas vidas, semelhava ser inteiramente em vão. Elizabeth aninhou os filhos em seus braços, Martha já estava inconsciente devido a enorme quantidade de carbono inalada, do mesmo modo como determinados feiticeiros. Os que ainda jaziam conscientes forçavam a enorme porteira de entrada na expectativa de alcançar uma salvação. O arremate chegou para eles de forma abrupta, os combustíveis destruíram as mobílias encontradas no interior do recinto. Sobrando apenas cinzas, algumas ossadas e as paredes de pé; Tempos a seguir as crianças ainda estavam sumindo de forma misteriosa, alguns homens foram caçar no bosque do desespero e encontraram várias covas com pequenas cruzes e chegaram aterrorizados contando aos outros.
Juntaram uma batelada de pessoas e foram a procura de Leonardo, o caçador de recompensas que estava sempre em busca de feras em diferentes cidades. Mais adiante da necrópole de lactantes, deparam-se com uma criatura que semelhava ser um humano de longos cabelos negros, com mãos grandes, dedos compridos, longas unhas e olhos vermelhos como sangue que abocanhava impetuosamente um pedaço de um pequeno cervo. Sua pele era pálida e acinzentada, uma criatura horrível. Após ser descoberto o ser apavorante tenta voar para longe, mas acaba sendo baleado nas costas e cai. Quando várias pessoas se aproximaram e começaram a golpear o monstro Rebecca acorda de seu traze, lá estava a aprendiz vendo o futuro de sua família através de um feitiço que aperfeiçoou com a ajuda de Sarah e Gerald, seus antepassados.
O futuro tem muito a nos reservar, concordam? Entretanto, enquanto ficarmos ligados, constituiremos um lar de sortilégios e poder. – Diz Elizabeth.
E conseguimos enxergar o quão poderoso você é.- Completa George.
Continuaremos aguardando o momento em que você irá despertar seus os seus poderes. – Coloca Martha.
Você será um grande bruxo, estou empolgada para vê-lo despertar toda a sua majestade sombria, meu querido leitor. – Finaliza Rebecca.
Adorei esse texto. Estou realmente empolgada pra ver a nova geração de bruxas.. Parabéns a autora
ResponderExcluirGratidão ♡
ExcluirA nova era se aproxima...
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