Liberdade - Marvyn Castilho



Um clamor deixado no silêncio,

Um lampejo, esquecido no olhar,

O fenecer de um trinar,

Em crasso desvario.


Necrófaga ave inumada, em silamento,

No debalde refugo do horizonte.

Flébil rosa, em um infindável inverno silente,

Solilóquio com a eternidade, em ínfero lamento.


Vesano estrépito no ensejo, em frialdade,

Embalde alento de verdade,

Gris carpir alhures...


Interpretar de uma sensação,

Palavra a vicejar, em tumefação,

Nesse sentir algures.


Em I de dezembro de MMXX. E. V.

Dies martis.

Marvyn Castilho.

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