Cidade Fantasma- Ana Rosenrot
Minha cidade é assombrada
Por fantasmas impuros
Que espreitam em becos escuros
E não creem em sua própria existência.
Nas paredes das casas antigas
Há modernas pinturas rupestres
Que descrevem os feitos dos jovens sem rumo.
Vidas curtas, pedras atiradas para o alto,
Janelas escuras, atalhos para o nada,
Linhas apagadas na palma das mãos.
Dados viciados rolando,
Mapas traçados na poeira do chão,
Sirenes uivando na imensidão,
Cheiro de fumaça, fogo invisível.
Existências vazias
Caminhando eternamente,
Geração após geração
Na cidade morta que sempre existirá,
Quer se queira, quer não.
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