Último Trago- Wender Lucas Fernandes

 





Na sarjeta da vida,

Me arrasto feito resto de noite;

Sem ninguém para culpar, além do silêncio.

O fim, não veio gritando

Bateu na porta, chamou,

Com cara de Segunda feira.


O sentimento e a gratidão viraram bituca pisada,

A vontade escorreu com a chuva suja,

E a amizade sumiu na fumaça 

Como se fosse só alucinação.


Tenho palavras na boca,

Que já nasceram mortas.

Um coração que arrasta mágoas,

O corpo, dívidas 

E a alma? Já nem cobra mais.


O fim, não tem trilha sonora.

É só o barulho da porta fechando,

E o eco da chave girando sozinha.

O fim não tem moral,

É seco, marginal,

E quando chega,

Te trata como irmão.


 




Comentários

Postagens mais visitadas