Eclipse Planetário Feminino- Carli Bortolanza
Sozinho na constelação;
Vejo a sincronia de plutão;
Combinar com o sol, a lua e a terra;
Torcendo para logo chegar a nova era.
Incrível passeio pelo futuro,
Que vaga em cima do muro;
Tijolos frouxos e mal sentados,
Vão ao embalo dos babuínos acorrentados.
Montanhas lunares brancas de algodão;
Repelem o amarelo solar com plutão;
O azul terrestre esverdeado;
Torna meu coração vermelho maltratado.
Otimista em plena galáxia crescente;
Penso torcendo na geração da velha era;
O futuro não passa e não erra.
Caminho na atmosfera decrescente.
Não tenho medo de me retirar;
Na sombra colorida dos planetas alinhados;
Meu corpo sei que vai estrebuchar;
Mas meus neurônios vão para todos os lados;
Enquanto aqui eu fico agonizando;
Pois sangue não posso desfrutar;
Meus pensamentos no futuro vão se espalhar;
E a vingança aos mortais exterminar.
Amaldiçoou-o essa raça terrestre
Até que ninguém mais reste;
Seus débeis e infames pensamentos;
Alojam-se em montes de excrementos.
Não culpo suas dores sortidas;
Mas as marcas em mim;
Passeei pela terra como mortal;
Até algum ser rompido o portal;
Deitaram-me na relva selvagem;
Para em pó virar nova vagem;
Fugi do limbo de meus igual;
Para aqui no espaço curtir meus ideais;
Rascunho seres para eu voltar a forma;
Pois um dia expeliram essas normas;
Café açucarado me angustia;
Perante toda essa nostalgia.
Espero ansioso olhos agora abrir;
Tendo o espaço opaco para curtir;
Do que já passou;
Nada de mim restou.
Sorte em DNA nunca mutável;
Faça-me novamente um ser afável;
Buzinas ao raiar de um sol ardente;
Faz regurgitar a minha eterna mente.
Sorria quando puder enxergar;
Pois logo à vida a de chegar;
Maquiagens em berços de cor de rosa;
Jamais chegará às cores honrosas.
Ahá será;
O† jamais satisfeito;
Pois rabiscos coloridos e risonhos;
Não atrapalharam meus e seus sonhos. (passado)
...
Whisky dos bons quero um dia derramar;
Em leitos que jamais poderá visitar;
Chorando cédulas de linhagens extraterrenas;
Mas nunca integrais e serenas.
Improvisando maldições a santa fé hospitalar;
Ferverás amarguras junto com água benta na chaleira;
Cruzando meus braços estou à destruição;
Deixando meus pensamentos se expandirem.
Na terra a de cair e ficar;
O amarelo solar com o branco lunar;
A atmosfera azul vai se misturar;
Tendo plutão alinhado para completar.
Cartilagens, ossos, músculos estão a se separar;
Meu corpo suplica, mas estás a festejar;
Um arco-íris estrelar vai se forjar;
Pois a vida em mim vai nascer e se criar;
Krill não impedirá meus ideais;
Voltarei com Voltaire aos mananciais;
Provando maçãs em Júpiter e Saturno;
Para semear anchovas no próximo eclipse noturno;
Lisonjeio a perfeição
Criaste-me, mas não em vão;
Destinos sangrentos me enfeitarão
Com os vermes de sua mão.
Erro dito, mas não erudito.
Palpo a carne purulenta com um apito;
Chamo com ela os matadores ancestrais;
Para cultivar, meus e seus ideais;
Rasgo a folha e coço o nariz;
Limpando o lixo na perda de um chafariz;
O mundo vou logo despoluir;
Para gozar e logo segurar.



Comentários
Postar um comentário